segunda-feira, 4 de agosto de 2014


Acho sempre que Coimbra por si só comigo não é estimulante nem interessante.
Mas isso é quando me esqueço de noites como esta. lwt

terça-feira, 1 de julho de 2014

Quanto é o peso de ser-se humano? Sou a única que já desejou nunca ter existido, na eminência de deixar de existir? Não sei, mas pesa.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Apetece-me chamar-lhe porta da percepção. Quando é bom demais, é suposto ser mentira. A questão é que todas as mentiras são verdades. Torna-se estranho quando tenho que fechar os olhos para conseguir fazer as pequenas coisas que gosto de fazer. Estou presa, demasiado presa a uma realidade inconsistente. A realidade da sociedade, tanto quanto da individualidade. Está a fazer sentido, sinto que os dedos finalmente voltaram a fluir em primoroso compromisso com a minha mente. Um diz, o outro faz, talvez seja assim que é suposto funcionar a líbido entre o intelectual e o corpo. Sabe bem o escuro. O bom é que não me perguntam sobre o que escrevo realmente, o bom é que eu também não diria. É no que consiste a minha arte. Não tenho qualquer problema em usar esse conceito preconceituoso como meu. Se o for aos nossos olhos, então é. Não há tretas de senso comum, isso é uma merda. Já se divaga além das aspirações. A descontextualização desta paranóia. 

sábado, 19 de abril de 2014

Os feriados são elitismos cronológicos grosseiros, embora para uma variante humana com alguma dislexia inferida.

domingo, 5 de janeiro de 2014

Tudo morre. Quem vive dá graças por ficar vivo, as palavras de conforto saem naturalmente. Descansa em paz, grande homem, grande mulher. São reconhecidos os feitos em vida, as conquistas, as frustrações, como se devêssemos colocar em filme de imagens aquilo que foi um contínuo. Até aqui tudo bem, o hábito assim faz as coisas. Daqueles que ficam vivos, quantos são os que se interessam pela pessoa real (a pessoa real não é a pessoa física, essa é somente aquele que associamos à pessoa real), os que pensam nessa pessoa, os que pensam nos sentimentos e conquistas pessoais intrínsecas e não demonstradas que quem morre conseguiu? Tenho esta queda para ir além do que se vê. Sei-o. As pessoas são mais do que meramente presenças físicas. A pessoa real é aquela que não vemos, mas sentimos. As atitudes são a pessoa. As palavras não ditas com sorrisos são a pessoa. As palavras não ditas em lágrimas são a pessoa. Toda a esfera a que não acedemos, meramente assistimos, é a pessoa. Eu penso como penso, para mim faz sentido. O que acharão outras pessoas, quererei mesmo saber... Não, isso seria invadir um mundo que não o meu, e não tenho permissão para isso, nem quero. Cada individualidade consigo mesma. Deixem a minha sossegada, eu faço o mesmo com a dos outros. É por estes, e outros mais, pensamentos que não consigo idealizar-me uma mulherzinha casada, feliz, com filhos, um emprego e o dinheiro contado ao fim do mês. Não digo mulherzinha com desdém, porque como visto está, cada individualidade é sozinha. Somos todos pequenos demais, então porquê reduzir-nos ao comum? A rebeldia do ser é interessante, gerem a rebelião contra a alegria do comum ser. Filhos... Não os imagino. Marido... Não o imagino. A única coisa que de momento imagino é o meu canto, o meu esconderijo das maleitas dos mundos alheios. Isto porque falava de morrer... Que a vida é curta, sabemos. Que devemos fazer tudo o que queremos, sabemos. Que devemos aprender com os erros, sabemos. Que devemos ser felizes, sabemos. Talvez seja a infelicidade a forma mais nobre de ser feliz. Já alguém o pensou antes de mim, uma individualidade muito mais inquieta que a minha. Os que morrem permanecem em nós, por terem sido mais em vida do que meros racionais. Mas e depois de nós, onde permanecem? Onde permaneceremos nós?

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

O segredo é o controlo do que se sente com a razão. O segredo sabe-se lá para que consequências amanhã. Nem as de hoje sabemos. O que é que se sente?

sábado, 30 de novembro de 2013

soul meets body

O encontro da alma com o corpo. Está longe, o meu corpo e a minha alma são duas entidades díspares, completamente opostas e sem equilíbrio. Continuam os pensamentos que me atormentam a plena convivência com o sentido de ser, estar ou parecer. Chamo-lhe alucinada. É um estado, uma consciência pura. Talvez se trate de uma busca metafísica do meu true self, supondo que tal conceito se materialize e tome um contexto ou posição. Não há ninguém que diga estar errado ou certo, é impossível. Não há ninguém com quem partilhar as sensações pelo simples facto de quem as vive não conseguir igualmente partilhá-las, são vivências únicas e individuais associadas à incapacidade de verbalização (mesmo com a vontade a ser sufocante). Também não há ninguém que nos ensine a forma de viver! Vai ser assim para sempre, como não era, é aflitivo. Mas é preciso calma, integridade e auto controlo. Estamos a construir um património ideológico ímpar e ninguém nos pode julgar pelo que desconhece. Tantas divagações solitárias, sedentas de auto percepção. Apenas não.

A hipotética parte positiva prende-se com o enfrentar da realidade sem remorsos, pesos de consciência, olhares congestionados pela grande consciencialização dos actos. Um caminho cego na sua plenitude.